domingo, dezembro 09, 2007

Acorrentada!


Fui ver o mar hoje. Pelo caminho estava a tentar adivinhar como estaria ele, será que ele está como o meu amor, sem grande vontade, ou sem grande força.

Cheguei à praia, vi que a minha ideia não tinha qualquer fundamento, o mar estava revoltado, estava forte, cheio de vida e de energia. Talvez estejas assim.

Sinceramente, eu estou... Não consigo definir... Nem descrever. A única coisa precisa que te posso dizer é que para além do meu amor por ti, sinto-me apaixonada por ti... Mas sinto-me mesmo apaixonada.

O teu olhar fascina-me, é um tiro certeiro no meu frágil coração. Derrete-me... Depois de me lançares esse teu olhar a minha vontade é de te tocar, de te dizer o quanto gosto de ti, o quanto mexes comigo, mas não posso... As correntes aprisionaram- me, não me deixam desabafar. Sinto-me presa, e o pior é que nada posso fazer para mudar esta minha condição.

O ar está irrespiravel.

Não te consigo ver muito bem, o nevoeiro está demasiado denso. Apenas ouço a tua voz de aflição, mas por mais que tente não consigo tirar estas correntes de mim, para te poder salvar. Esta é a minha maior agonia.

Pronunciei a palavra consagrada, mas nem sequer obtive resposta, eles levaram-te, não te deixaram despedir de mim, esta brutalidade foi sentida muito profundamente por mim.

Este tempo todo o mar conseguiu enferrujar as correntes... Consegui soltar-me, mas com muita pena minha já não fui a tempo para te ouvir dizer aquilo que mais queria.

Tudo se desvaneceu com o tempo, tudo menos os sentimentos da minha parte, do meu pobre coração.

Neste momento consigo sentir a força do mar, a energia a vida dele, mas a minha vida, essa, eu já não consigo sentir.

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