
Abro-o, com a delicadeza que não me caracteriza.
Estou perante imensos parágrafos, imensas linhas e demasiadas palavras, mas nada disto me comove, nada disto diz quem sou, melhor dizendo, nada disto me faz conhecer.
Sinto-me estranha ao que tenho perante mim, um significado tirado de meia duzia de raciocionios, de meia duzia de teorias e constatações erradas.
Diz-me tu, meu livro... Diz-me aquilo em que tenho que pensar, ao que tenho que chegar, qual é o próximo passo, qual é a minha próxima queda? Dá-me as respostas que preciso neste momento, nesta fase.
Alheia a tudo, fecho-o, com brutalidade, esta que também não me caracteriza.
E o que realmente me caracteriza?
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